Terra Dominicana e Habitos


Cheguei sem indicações ou relações e livre da banca de praxe examinadora.Sabia ser dona de uma destreza engraçada em quebrar o gelo.Enquanto,qualquer mulher esbanjando sensual beleza brasileira e sabendo poder abusar,ao contrário prefiria lançar mão de minha expontânea alegria num divertido jogo de usar bem a comunicação verbal e o charme dos movimentos nem sempre externalizados.Fitou-me indicando ser necessário falar ou escutar.Sem impor quem seria deixou- me decidir quem daria fim naquele singular silêncio. Alegre e comunicativa iniciei contando o quanto estava organizada, preparada e instalada, por menos que estivesse, mas assim o desejava e seria.Como sentia-me bem em mover-me nas ruas, com o transporte público, a pensão aconchegante até achar um outro lugar, o tipo de acolhimento, o entrosamento e a comoção de ter participado da festa da béfana, no dia anterior, domingo ao lado de onde estavamos, na Piazza Navona.Os quatro meses só fizeram aumentar a vontade de retornar.Com mais habilidade, ainda emendei a introdução divertida e fui abrindo minha pasta e tirei meu projeto, explicitado apenas pelo virtual computer personal, explanei meus objetivos e para ilustrar minha tese contei uma história em forma de parábola, tudo em italiano como prometi a mim mesmo, pisando em solo estrangeiro.Admirava minha desenvoltura sem negar total “coinvolgimento”/envolvimento ao rir, acenar com a cabeça em gestos de pura sincronia quando o universo conspira harmonia.Passou sem sentir aquela inusitada entrevista.A despedida, o abraço e falei com ênfase de ter a certeza de haver encontrado minha tribo e mais uma colocação que o deixou emocionado. Na porta recomendou com preocupação de pai todos cuidados a serem observados.Ouvi com respeito de filha agradecendo à todos os anjos,santos e guias como todo bom brasileiro em terra de Dominicanos e habitos.

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