O Limite é o Céu!
Por Flavia Wass jornalista
O ciclo infinito de idéias e ação,
Infinita experiência, infinita invenção,
Traz o saber do movimento, mas não da paz...
Onde está a vida que perdemos vivendo?
Onde está a sabedoria que perdemos no conhecimento?
Onde está o conhecimento que perdemos na educação?
T.S Eliot, “The
Rock”
O
Limite é o Céu!
Quando em 1548 o
filósofo Giordano Bruno afirma, que somente o saber liberta e faz desta teoria
“Liberthas Philosofas” seu divisor de águas, indo muito além de Aristóteles ou
Platão, vislumbrou no infinito o que, hoje, a sociedade do século XXI
experimenta na prática: um viver abundante. Mas, será que com todos os avanços
na ciência, a disponibilidade dos recursos naturais, uma tecnologia que conecta
o mundo e a informação valorizada como “ouro” conduz este homem a aproveitar ou
realmente evoluir, ou seja, ir além da
busca de uma eficiência infinita?
É só pensar que
a diferença entre humanos e animais está justamente, nesta possibilidade em
educar suas ações, desde que, lembre a cada instante que tem uma consciência. E
de quem é este papel na sociedade? O de educar seres humanos? Em primeira instância
a familia, os pais, em seguida os professores, a escola. Contudo, o tempo é
pós-moderno, acelerado, anacronico, díspare, partido, o qual na forma e
estética é representado por um mosaico ou uma colcha de retalhos, aliás, exige
urgente novas atitudes acima de tudo, deste docente. Onde deve ter a capacidade
de unir a cultura geral própria com a que o sujeito trás de casa. Integrar e
lidar com a interdisciplinaridade, as quais estes novos tempos urgem, ou mais,
quase ordenam. Portanto, quem decidir ensinar deve buscar esta capacitação para
lidar com problemas. Inclusive, saber administrar o desenvolvimento acelerado
destas novas tecnologias da comunicação. Imprimir a contextualização deste
conteúdo didático em aula. Assim como, buscar e promover recursos próprios, com
intuito de investir continuamente na própria formação. Isto, favorecerá na
resolução de problemas no dia à dia em aula. “Também a empresa, por outro lado,
deixa de precisar sujeitos prontos e acabados (formados) para usar na produção,
pois o apreender passa a ser sua nova linha de montagem. O tradicional
“treinamento” deve ser cada vez mais substiuido pela educação permanente no
ambiente profissional.” (Seabra 1994)
O educar seria o
que a escritora Ana Clara Machado sugere ao afirmar, que não se contrata um
instrutor de natação, que não saiba nadar. Porém, é o que os índices da
educação apontam. Uma total depreciação na carreira chamada magistério. Quem
quer ser professor? Por esta razão, ao
criar sete códigos da modernidade (sete códigos de competências), o autor
Bernardo Toro, enxerga uma saída para a participação produtiva e a inserção
social do ser humano neste século vigente. Valoriza também o que chama de saber
social, um conjunto de conhecimentos, práticas, valores, habilidades e
tradições que possibilitam a construção das sociedades e garantem as quatro
tarefas básicas da vida: cuidar da sobrevivência, organizar as condições para
sobreviver, ser capaz de produzir o que necessitamos e criar um sentido de
vida. A escola seria, então, um dos ambientes em que ocorre a aprendizagem.
Quem sabe, visto por este viés seria ainda possível, resgatar a dignidade deste professor para que
possa desenvolver sua real capacidade do “fazer e saber”. E mais, possa ser
lembrado na vida do aluno deixando uma bela e verdadeira “marca” na memória de
quem passou por aquela única experiência. (Meglic 2009)
Agradecimento à disciplina Didática da professora Neide Martins Arrias da Universidade Federal de Santa Catarina UFSC.
Artigo completo no link Artigos e crônicas.
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