Blocos maciços e concretos "di una vera" magia na rua!

Grupo de nova veneza em Santa Catarina
Língua em tempo real.  Aquela que acolhe, recolhe e distribui seus alimentos.  Poliglota por natureza.  
Ágil, falante, vibrante, sem esquecer de banhar-se com o mais precioso dos segredos, que a torna vivaz, única e convidativa: a diversidade.  Nutre-se do diferente! 
Quando chega a escassez grita, engole alguns sapos, mas não desiste, cantarola a capoeira e canta o seu samba descendo a  ladeira com a bacia de água na cabeça, filhos por toda volta, morrendo de fome e mesmo assim, diz não à malemolência.
Este brasileiro urgente desconhece choramingos da classe média pequeno-burguesa,  pois carrega todos os dias,  a cada segundo, instantes brutais de realidade concreta e maciça. Falta fartura, mesa boa, beleza, aparatos artificiais, parafernálias eletrônicas e sapato para proteger o pé cansado de amassar o barro e os dejetos por falta do saneamento básico. 
O telefone, ainda é o bom boca à boca. 
Este sujeito não inflaciona por comprar em exagero, não reclama dos impostos ou impõe balelas ao governo, culpando-o com blá, blá, blá, incessantemente em rodas de redes sociais ou no seu  bar ou café habitual ou brincando de super-homens virtuais, com a cerveja estúpida e gelada do lado e vendo o futebol pela televisão, murado até os dentes, protegido por condomínios fantasmas horizontais/verticais desenhados pelos arranhas céus a perder de vista. 
Nosso Brasil de brasileiros que  CONGREGA todos os povos é Brasilitário quando vê todo este absurdo de longe, ouve nos noticiários que foi solidário,  como se isto não fosse da natureza humana e sim uma anomalia. 
Doentes são os que querem viver e ser outra cultura. Aquela dos tigres asiáticos das “coisinhas” obsoletas e inúteis ou americanizar nosso falar, vestir, mobiliar e tapar buracos com a maquiagem de jardins perfeitos,  cachorrinhos bem vestidos e carros flamantes,  em casas que chegam a abrigar dois ou três automóveis  e lembram todos lugares do mundo,  menos do ser Brasil,  que coloca seu bloco na rua fazendo verdadeira magia e malabarismos para não morrer de fome ou bala perdida. 
“ Iluminai os terreiros que nós queremos sambar”..... somente assim,  com os holofotes voltados para esta gente brasilitária, levando choques de cidadania, os outros que se dizem brasileiros poderão acordar e viver uma única realidade brasileira. 
                          Décima Semana Italiana no Mundo
                            http://www.neiita.cce.ufsc.br/

Comentários

Postagens mais visitadas