O Convento


Adaptação ao meio deixou de lado o duelo darwiniano quando percebi a palavra ”condividere” e ser ”consapevole” de um espaço que era delimitado por paredes, muros, regras de etiqueta e convivência.Resolvi abrir meu corpo como se fosse uma rede de pesca, aquelas que quanto mais hábil ao atirar no mar e mais longe, atingia o máximo seus objetivos, estabelecer contato.Ou a carretilha onde dá linha e lança com vontade.
A maleabilidade rendeu resultados e transitava entendo a organização das ruas, a importância das praças redutos de lazer e manifestações das políticas publicas, a austeridade dos monumentos, prédios, fontes e lugares históricos.Caminhava o quanto podia.Saía mais cedo e o prazer no passeio crescia.Via nazionale, xx september,piazza della republica, piazza venezia, corso emanuele desembocando no rio tevere....apenas iniciando....conheci toda Roma á pé.Abitei em vários bairros culminando minha última estada dos últimos oito meses em um convento, em Artena, uma hora de Roma.Pegava a linha do metro até anagnia e depois um ônibus, o qual me deixava na praça deste pequeno lugarejo e subia uma rua até o alto de um morro e num minúsculo barranco de terra subia, dava de cara com o cemitério, virava à esquerda, alguns passos e entrava segura nesta inevitável clausura.Através de Fabrizio Centofanti, colega jornalista do setor comunicação da Cruz Vermelha, obtive grato, providencial e derradeiro abrigo.
Alinhavei o projeto, estudei para as provas finais, ensaiei apresentações, espanei as teias,baixei a poeira, acalmei meu espírito cansado neste lugar impregnado de religiosidade.

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